Cope, seethe

Manifesto

Por meio deste, aos céus e às mentes, lanço minha palavra; imbuída de temeroso poder, há ela de espalhar-se e tornar a mudança concreta, alterando o futuro. Ouve, viajante deste infinito mar, aquilo que estou prestes a falar:

I. O passado não nos interessa mais. Olha para ele para buscar inspiração, mas não torna-te obcecado pelas antigas formas; a Revolução veio para soterrá-las, com passo que equivale ao de milhões de exércitos!

II. Somos a elite, o coração que se energiza do fogo das ideias. Entre nós, só existirão aqueles com os mais poderosos conceitos. A vontade de fazer é grande, pulsa e corre em cada uma das partes de nossos respectivos corpos;

III. Não queremos que sites sejam apenas recipientes vazios, seres sem quaisquer formas ou personalidades. Eles devem ser os mais profundos vislumbres de nossa personalidade na Wired; coloca nele, viajante, a centelha criativa de tua mente e alma!

IV.. Somos anônimos e descentralizados: corporações que querem usurpar a web, bem comum e inalienável, afastai-vos daqui! Contra vós a luta é apaixonada e permanente. Voltai ao fundo de suas tocas, poços de solidão e miséria!

V. Apreciamos aquilo feito dos pedaços do obsoleto, velho ou antigo, recortados e rearranjados para adquirirem novos significados e formas. Colagens são nossa forma de arte; a forma múltipla derivada das outras formas, formas de múltiplas combinações;

VI. Não desejamos reviver o antigo, como já mencionado, pois o antigo está acorrentado ao cinzento passado. Desejamos transformá-lo e alterá-lo para que torne-se novo - atrai-nos, portanto, o corado e inédito! Viajante, deixa de cultuar o que já está feito; olha para frente, não mais para trás.

VII. Somos o pleno Khaos em sua mais criativa expressão: bebe, leitor vindo de outras terras, do dadaísmo; pois nossa filosofia possui traços em comum. Destruir também é criar!

VIII. Defendemos a liberdade de nossos adeptos; mantenham-se, todavia, morais! Eis, viajante, o aviso: nada faça daquilo que vais te arrepender.

IX. Seja este o último dos artigos, das leis deste manifesto. Através deste, criamos a forma-pensamento vindoura, que será a responsável por elevar o Neocities e permitir a plena realização dos artistas; fundamos a crença que há de procriar e espalhar-se como vírus - ela não respeita limite qualquer.